Manuel de Castro
Morada Nova – 01/07/1912 — Fortaleza – 18/09/1995
Filho de Manuel Castro Gomes de Andrade e de Maria Cândida de Andrade, iniciou seus estudos no Colégio José de Alencar em Aracati (CE), transferindo-se depois para Fortaleza, onde cursou o secundário no Colégio Castelo Branco e o científico no Colégio São João. Bacharelou-se, em 1938, pela Faculdade de Direito do Ceará.
Entrou para a vida política eleito deputado estadual na legenda da UDN em 1947, reelegendo-se sucessivamente nos pleitos de 1950, 1955, 1958 e 1962. Após o movimento político-militar de março de 1964, filiou-se a Arena, legenda pela qual conseguiu mais uma reeleição para o Legislativo estadual em 1966. Na legislatura 1967-1971 foi presidente da Assembleia Legislativa, chegando a ocupar interinamente o governo do estado nas ausências do então governador Plácido Aderaldo Castelo (1967-1971). Reelegeu-se novamente deputado estadual nos pleitos de 1970 e 1974, deixando a Assembleia Legislativa do Ceará em fevereiro de 1979 com o fim de seu mandato.
Em setembro de 1978 foi eleito vice-governador do estado, pela via indireta, na chapa encabeçada por Virgílio Távora. Com a extinção do bipartidarismo em 29 de novembro de 1979 e a consequente reformulação partidária, filiou-se ao PDS, herdeiro da Arena. Foi coordenador político do governador Virgílio Távora, tendo assumido o governo em maio de 1982, com a desincompatibilização de Virgílio para se candidatar, em novembro daquele ano, ao Senado.
Para o pleito de novembro de 1982, apoiou a escolha de Aécio Borba como candidato ao PDS. Outros líderes do partido no Ceará, como Virgílio Távora, César Cals e Adauto Bezerra — através do Acordo de Brasília, que visava a unir o PDS no estado — apoiaram o nome de Gonzaga Mota, que acabou escolhido e eleito governador. Manuel Castro deixou o governo do estado em março de 1983, com o término de seu mandato.