Estrigas – (In Memorian) – Dentista, Pintor, Ilustrador, Escritor e Crítico de Arte Brasileiro
Foi um dos principais articuladores e criadores da Sociedade Cearense de Artes Plásticas – SCAP
Nilo de Brito Firmeza nasceu em Fortaleza, no dia 19 de setembro de 1919 e faleceu na mesma cidade, no dia 02 de outubro de 2014; Foi em 1950, quando já contava com 31 anos, formado em Odontologia e começando a dar os primeiros passos na pintura, fazendo cursos na Sociedade Cearense de Artes Plásticas (SCAP), que passou a ser chamado de Estrigas, apelido herdado dos tempos do Liceu do Ceará, emprestado pelo artista circense Estriguine. Ao longo de sua trajetória de mais de 60 anos, participou ativamente do movimento artístico local e nacional, tendo suas obras alcançado espaço em grandes acervos. Estrigas retratou o mundo das artes plásticas cearense por meio pinturas e estudos sobre o tema, traduzidos em rica bibliografia. Pesquisador e crítico das artes cearenses, escreveu: “Arte: Aspectos Pré-Históricos no Ceará” (1969); “Fase Renovadora na Arte Cearense” (1983); “A Saga do Pintor Francisco Domingos da Silva” e “Contribuição ao Reconhecimento de Raimundo Cela” (ambos em 1988); “Barrica: o Alquimista da Arte” (1993); “O Salão de Abril” (1943 a 2009); entre outros. Foi um dos principais articuladores da SCAP, ao lado de artistas como Mário Barata e Raimundo Cela. Em 1953, assumiu a sua presidência ocasião em captou apoio da gestão municipal para a realização do Salão de Abril. Sua relação com esta Mostra era sempre de afeto e delicadezas, participando dela como expositor por diversas vezes, sendo homenageado em sua 30ª edição, em 1980. Entre as décadas de 1950 e 1960, Estrigas chega a criar a Escola de Belas Artes do Ceará, projeto que é interrompido após dois anos de existência. Nesse período, conhece a pintora cearense Nice Firmeza, com quem se casa. Desde então, o casal passou a realizar diversas exposições coletivas em circuito local e nacional. Os quadros do casal já foram expostos no 10º Salão Paulista de Arte Moderna, em São Paulo, na inauguração do Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará (MAUC) e na exposição Centrèe Hospitalier Specialisè, na cidade francesa de Toulon. Ao casar-se com Nice, em 1961, mudou- -se para o sítio da família Firmeza, no Mondubim. O espaço, no qual viveram até morrer, foi transformado em casa-museu em 1969. Chamado inicialmente de FirmezArte e posteriormente batizado de Minimuseu Firmeza, o espaço conta com obras de autoria de Estrigas e Nice, além de obras dos principais artistas plásticos cearenses, como Raimundo Cela, Mário Baratta, Aldemir Martins, entre outros. Fonte: Mini Museu Firmeza


